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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como elaborar um currículo - parte 1

Quando eu resolvi criar meu BLOG a primeira coisa que pensei foi na sua utilidade para os internautas. Eu procuro usar o BLOG para transmitir minhas idéias, conhecimentos, enfim, procuro ser útil. Os posts referentes a elaboração de currículos certamente não são originais. Esta não é minha preocupação, pois meu objetivo principal é de contribuir, fazer minha parte, para que muitos candidatos a uma vaga de emprego consigam elaborar um currículo adequadamente, melhorar o currículo que já utilizam e, consequentemente, ter maiores chances num processo seletivo.

Sempre que tenho contato com currículos, me deparo com inúmeros erros ou "deslizes" na elaboração dos mesmos. Esses erros ou "deslizes" fazem parte da maioria dos currículos (talvez 90%). Como são muitos os candidatos que participam dos processos seletivos para uma mesma vaga, acredito que apenas 10% dos candidatos passam no teste da apresentação dos currículos. É um número muito baixo né? Consciente deste problema resolvi postar a respeito.

Antes de prosseguir quero dizer que meu objetivo aqui é essencialmente o de contribuir e , em alguns momentos, procuro fazê-lo de uma maneira mais divertida e agradável. Sei que procurar emprego não é nada divertido, às vezes é angustiante e, não raro, traz muito sofrimento. Apesar disso, eu aconselho àquele que estiver procurando um emprego a fazê-lo com entusiasmo, procurando transmitir uma imagem positiva para o recrutador, pois ele sempre preferirá contratar alguém que venha a somar na empresa e energia negativa dificilmente o fará pensar desta maneira.

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As dicas que apresentarei, logo mais, são frutos exclusivamente dos critérios que utilizo quando seleciono algum funcionário e do conhecimento que tenho de outras empresas ou recrutadores. Muitas dicas baseiam-se, simplesmente, no emprego do bom senso e ,sendo o processo de recrutamento de um candidato algo “meio subjetivo”, evidentemente haverá divergências em algumas dicas apresentadas. Acredito, porém, que as mesmas possam ser utilizadas na elaboração dos currículos da ampla maioria dos candidatos a um emprego.
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Bem, chega de blá,blá, blá, vamos ao começo! Passe para o próximo post!

Como elaborar um currículo - parte 2

Nos processos seletivos que utilizo, normalmente solicito que os candidatos enviem seus currículos através de e-mail. Esta é uma prática cada vez mais comum no processo seletivo das empresas. Antes de abordar os cuidados que os candidatos devem ter na elaboração dos currículos falarei um pouquinho sobre o envio dos mesmos via e-mail.


Dica 1 - Utilize um e-mail próprio para enviar seu currículo!

Comentário :
Usar o e-mail de outra pessoa para enviar o currículo é um péssimo sinal. Primeiramente porque parece que o candidato não possui e-mail e, dependendo da vaga em questão, isto é imperdoável. Outro motivo para não cometer este “pecado” é que a iniciativa para a busca do emprego pode ser posta em xeque além, é claro, da possibilidade do recrutador pensar que o candidato não possui a independência e maturidade necessárias para a vaga que está sendo ofertada.

Dica 2 - Coloque o assunto no e-mail e também uma mensagem de apresentação no corpo do e-mail.

Comentário 1:
Seja sintético nas palavras. Escreva no corpo do e-mail algo assim:
Olá! Boa tarde!
Estou encaminhando meu currículo para apreciação. Desde já, agradeço a oportunidade e me coloco à disposição para contato posterior,
atenciosamente;
José da Silva.

Comentário 2:
A inclusão da mensagem de apresentação não define a seleção do seu currículo e, provavelmente, também não defina a sua eliminação, no entanto é um item que vem a somar. Lembre-se que o seu currículo é “um somatório de coisas” e, no final, quem tem o maior "somatório" recebe a oportunidade para uma entrevista. Então, não perca a oportunidade e vá somando pontos desde o princípio!

Dica 3 - Formato de arquivo.

Comentário 1:
Escolha um formato de arquivo que possa ser facilmente aberto e visualizado pelo recrutador. Dê preferência a arquivo no formato WORD versão 2002 ou anterior.
Aqui já enumero o primeiro grande erro do candidato a uma vaga de emprego : enviar arquivo no formato do WORD 2007 ( docx) .

Comentário 2:
Arquivos salvos na versão do WORD 2007 no formato "docx" não podem ser abertos em versões anteriores do software. É bom lembrar que esta versão do WORD, até o momento,não é a mais utilizada pelas empresas e, assim, seu currículo corre sério risco de não poder ser analisado pelo recrutador.
Na Internet há softwares freeware que permitem a visualização dos arquivos no formato do WORD 2007 (docx) mas poucos os conhecem.

Comentário 3:
Nunca escolha formato do arquivo em JPG e nem ponha seu currículo diretamente no corpo do e-mail, pois, caso seu currículo seja impresso, provavelmente, ele fique em desvantagem estética em relação ao currículo dos concorrentes.

Comentário 4:
O envio de currículo no formato PDF é interessante, pois mostra que você, provavelmente, sabe das qualidades deste formato (isto é positivo), mas mande também uma cópia do arquivo em formato de arquivo do WORD. Isto demonstrará que você, além de conhecer as potencialidades do arquivo no formato PDF, é cauteloso e atencioso, pois possibilita que o recrutador abra o arquivo digital no formato de arquivo que ele puder ou desejar.

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Ta cansando? Relaxa! Tome um refresco, um copo de água, eu espero! Continuamos logo mais no próximo post.
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Como elaborar um currículo - parte 3

Vamos continuar?
Bora então!


Dica 1- Faça seu currículo com um layout agradável e prefira fazê-lo em uma ou duas páginas no máximo.

Comentário:
Currículos extensos demais e/ou com visual desagradável são cansativos e potencialmente não são lidos pelo recrutador. Seja sintético e objetivo na elaboração de seu currículo, mas jamais esqueça de colocar aquilo que é indispensável. É bom salientar que um currículo de layout agradável despertará mais interesse na apreciação, por isso, antes de sair enviando ou distribuindo seu currículo por aí, dedique um tempinho a mais fazendo um currículo “bonitão”, pois ele é o cartão de visita de qualquer candidato à uma vaga de emprego.

Dica 2 – Coloque sua linda foto no currículo.

- Primeira motivo: Colocar a foto no currículo mostra que você, provavelmente, sabe scanear sua linda fotografia e como dispô-la no WORD.
- Segundo motivo: A foto irá ajudar o recrutador na distinção dos candidatos.

Comentário:
Tem muita gente que não entende o por quê da solicitação da foto no currículo, mas quem recruta sabe o quanto ela é útil no processo seletivo. A foto, salvo exceções, não é para saber se o candidato é bonito ou feio, mas serve para o recrutador lembrar de você depois de algum tempo. Nas entrevistas de emprego, a foto ajudará o recrutador a lembrar do comportamento do candidato e o que ele disse na entrevista, auxiliando na distinção dos candidatos. Após alguns dias, semanas ou meses, ela será indispensável para o recrutador lembrar do candidato.

ATENÇÃO!
1-Você pode colocar uma foto sorridente. Não precisa ser muito formal (isso depende da vaga em questão, ok?) mas jamais coloque uma foto de festa ou de ocasião ou pose inadequada, pois isso só vai mostrar que você é um (a) sem noção. Provavelmente, salvo exceções, ninguém gostará de contar com um(a) candidato(a) sem noção na empresa (pausa para risos ..kkkkkkk!!!).
2- Coloque a foto diretamente no arquivo do WORD e esqueça de, simplesmente, anexar a foto ao e-mail, pois o recrutador, ao imprimir o seu currículo, não irá gostar de trabalhar por você para poder ter a foto diretamente no currículo.

Dica 3- Não cometa erros de português grosseiros e mostre organização.

Comentário 1 :
O currículo mostra muito do candidato, por isso é bom acertar no português. Que nossa língua é complicada, todo mundo sabe, mas cometer erros grosseiros de português no currículo podem ser imperdoáveis e,até mesmo, definir a eliminação do seu currículo do processo seletivo. Não esqueça de organizar as informações no currículo de maneira lógica . Primeiro seu nome, depois o restante das informações. Dê também destaque aos títulos das informações do seu currículo (use negrito, sublinhado, cores, etc).

Dica 4 - Não coloque informações desnecessárias no currículo.

Comentário 1:
Evite mencionar informações no seu currículo que não tenham nada a ver com a vaga de emprego que está sendo ofertada, pois elas serão inúteis para o recrutador e tomarão espaço precioso em seu currículo. Se a vaga oferecida é para auxiliar de contabilidade pouco adiantará você colocar no currículo que fez um curso de dança de salão ou que foi monitor em uma academia de ginástica. Eu só aconselho esse tipo de informação (que não tem nada a ver com a vaga oferecida) quando se está entrando no mercado de trabalho, pois indicará que você já fez alguma coisa na vida e que tem vontade de trabalhar. Fora isso, esqueça!

Comentário 2:
Se você mencionar o conhecimento em algo ou algum tipo de curso, seja qual tipo for, sempre mencione o que for mais atual e o que for mais avançado. Esqueça de dizer que fez o curso básico se você já fez o avançado. Nesse caso só mencione o curso avançado. O primeiro (o básico) se torna completamente desnecessário e parece que você quer “encher lingüiça” (pausa para risos... kkkkkkk!!!!!).

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Vai um cafezinho ai? Um suco? Vamos lá, relaxa ! Faça uma pausa! Te espero no próximo post!
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Como elaborar um currículo - parte 4

E ai? Continuamos?
Bora então!


Dica 5 – Cuidado com frases ou expressões “manjadas”.

Comentário:
Evite dizer ou mencionar aquilo que não sabe da empresa. Evite, por exemplo, o uso da frase "nesta conceituada empresa" quando o nome da empresa não tiver sido mencionado na oferta de emprego. Lembro que o uso desta frase representa, além da demonstração de respeito pela empresa, uma forma de elogio, portanto, elogiar aquilo que não se conhece soará como algo muito superficial, uma inverdade, algo insincero. Outro motivo para não usar a frase na situação referida é de que o recrutador poderá pensar que o candidato se apropria de frases prontas e as utiliza sem pensar ou sem o devido cuidado.

Dica 6 – Mencione seus conhecimentos.

Comentário:
Se você possui conhecimentos em algo, que diga respeito à vaga oferecida, mencione sempre, mesmo que não tenha feito cursos para adquiri-los. Isto é muito importante, pois, algumas vezes, é melhor indicar seu conhecimento do que indicar um curso de algo que, potencialmente, já tenha esquecido. Isto é válido, principalmente, para softwares de informática.

Dica 7 - Carta de apresentação.

Comentário:
Vai fazer? Então seja sintético, objetivo e educado. Faça uma carta de no máximo 10 linhas e utilize um espaçamento de parágrafo agradável para a leitura. Lembre-se que a carta é de apresentação por isso coloque-a na frente de seu currículo. Jamais coloque a carta de apresentação e currículo na mesma página. Faça a carta em uma página e o currículo em outra. Ahhhh!! e seja criativo, original. Use sempre suas próprias palavras e se for utilizar cartas de apresentação da Internet, use-as tão somente como fonte de inspiração.

Dica 8 – Mande currículos individualmente para cada empresa.

Comentário 1:
Enviar currículos para várias empresas ao mesmo tempo não é nada legal. É uma prática comum, mas pode atrapalhar o candidato e definir sua exclusão do processo seletivo. Não raro, percebe-se erros, por exemplo, no campo OBJETIVO onde candidatos postulam o interesse a uma vaga diferente daquela ofertada. É um tipo de erro que poderia ser facilmente evitado caso houvesse a individualização dos e-mais. Eu aconselho o candidato a dedicar um tempinho maior para o envio de e-mails individualmente, retirando ou incluindo informações nos currículos, de modo a aumentar as chances de ser selecionado para uma entrevista.

Dica 9- Mencione seu endereço completo .

Comentário:
Indique o nome da rua, bairro e cidade onde você mora. Nunca coloque somente a rua, pois isso não define necessariamente a cidade onde você mora. Saliento que o endereço é importantíssimo na avaliação do recrutador. Com base nele, o recrutador saberá de sua necessidade ou não de vale transporte, vale refeição, tempo para deslocamento até o emprego, etc

Dica 10 – Cuidado com a expressão “salário a combinar”.

Comentário:
Esqueça da expressão “salário a combinar” se o salário já foi mencionado na oferta de trabalho que você está se candidatando. É pouco provável que o candidato seja chamado para uma entrevista, pois “parece” que o mesmo não está de acordo com o salário oferecido pela empresa. De que adiantará selecionar um candidato para uma entrevista se o mesmo deseja receber um salário diferente daquele que o recrutador pode ou deseja pagar?

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Ufa! Muita coisa né! Quer dar uma pausa para ir ao banheiro? Vai lá, eu espero!
Continuamos no próximo Post.
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terça-feira, 21 de abril de 2009

Como elaborar um currículo - parte 5

E aí? Tudo certinho? Lavou as mãos? Beleza, então vamos continuar!


Dica 11 – Cuidado com frase do tipo “preciso muito do emprego”.

Comentário:
Acho negativo apelar para frase do tipo “me escolha porque preciso muito do emprego”, pois, com a crise de emprego dos dias atuais, este tipo de mensagem não o diferencia em relação aos demais candidatos à uma vaga e apenas demonstra, com mais ênfase, seu desespero. É bom lembrar que o recrutador não decide baseado na emoção e , se assim o fosse, muito recrutador contrataria mais candidatos do que as empresas realmente necessitam. Para o recrutador, todos que lhe enviam currículos desejam e precisam da vaga a qual estão se candidatando, exatamente como você.

Dica 12 – Para quem está entrando no mercado do trabalho.

Comentário:
Se você está entrando no mercado de trabalho e não possui experiência alguma eu aconselho a demonstrar de alguma maneira sua força de vontade, disposição e suas habilidades ou conhecimentos. Por exemplo: suponha que existe uma vaga num escritório de cobrança. Se você não possui experiência alguma mas é firme em cálculos e possui raciocínio rápido, mencione. Além disso, indique seu desejo de ser oportunizado com a vaga oferecida. Este procedimento não implica na seleção de seu currículo, mas ao fazê-lo, você aumentará consideravelmente as chances disto acontecer. Saliento que, se você não demonstrar nenhum atributo que o qualifique para a vaga oferecida, certamente perderá a concorrência para candidatos que possuem experiência.

Dica 13 – Para candidatos com qualificação superior a desejada para a vaga oferecida.

Comentário:
Nos dias atuais é muito comum candidatos que possuem formação superior (3º grau) se candidatando a vagas de nível médio. É um sintoma da crise de emprego, infelizmente. Destaco que um candidato que tenha formação de nível médio provavelmente leva vantagem em relação a quem tem formação superior. Isto acontece porque as empresas consideram ser provável que, em pouco tempo, o profissional com formação superior, fique descontente com o emprego e logo estará procurando outra oportunidade.
Se o candidato com formação superior não quiser levar desvantagem na concorrência a uma vaga que requer apenas formação de nível médio, então é melhor justificar o motivo da pretensão à vaga. É perfeitamente compreensível, por exemplo, um candidato que tenha feito uma faculdade e que, depois de um tempo, não tenha vontade de trabalhar na área que tenha tido formação. Se esta for sua realidade, então indique-a para o recrutador, caso contrário, seu currículo corre sérios riscos de ser eliminado do processo seletivo.

Dica 14 – Indique mês e ano de suas experiências profissionais.

Comentário:
As empresas, de um modo geral, costumam analisar o tempo que o candidato permanece em seus empregos, por isso é desejável a indicação de mês e ano das experiências profissionais que o candidato teve. Esqueça de colocar somente o ano que trabalhou em determinado lugar, pois ele não demonstra efetivamente o tempo que permaneceu no emprego e pode ser interpretado pelo recrutador como uma tentativa de omissão da informação. Saliento que o tempo de permanência maior nos empregos não define, necessariamente, a contratação de um candidato, mas tempos de permanência pequenos definem, normalmente, a exclusão do candidato do processo seletivo da maioria das empresas.

Dica 15 e última - Cuidado com a disposição para outras vagas.

Comentário:
Evite mencionar no currículo a sua disposição para concorrer a diversas vagas. Evite, por exemplo, mencionar que você se candidata a vaga de caixa, vendedora, secretária e recepcionista no mesmo currículo. É preferível que não mencione tal disposição, pois acredito que você só tem a perder se o fizer. Além disso, é muito provável que, se a empresa necessitar de um funcionário para outra atividade, diferente daquela da vaga ofertada, ela automaticamente selecionará seu currículo, caso você reúna as características desejadas ou necessárias para o exercício desta outra atividade.

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E AÍ? APROVEITOU? ENTÃO CAPRICHA NA ELABORAÇÃO DO SEU CURRÍCULO E ME MANDA NOTÍCIA SE CONQUISTAR ÀQUELA VAGA TÃO SONHADA, POIS QUERO DIVIDIR COM VOCÊ ESTA ALEGRIA! FICA COM DEUS E BOA SORTE!*****

NO PRÓXIMO POST COLOCAREI UM EXEMPLO DE CURRÍCULO PARA VOCÊ SE ORIENTAR !

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Modelo de currículo

Estou postando um modelo de currículo para servir de inspiração aos queridos candidatos à uma vaga de emprego. Espero ajudá-los!!
Abraços.

Para visualizar a imagem em tamanho maior, clique sobre a mesma!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Solidariedade ou indiferença? (Relato da perseguição a um bandido!)

Hoje após pegar minha filhota na creche, lá por volta das 19 horas, avistei uma moça sendo assaltada por um indivíduo numa rua de Porto Alegre. Nesse horário já está ficando escuro, pois já é outono. A rua não é desabitada, é uma rua normal, com relativo movimento. Ao avistar o acontecimento persegui o indivíduo por alguns metros de carro gritando pela janela na esperança que alguém o pegasse. Um outro sujeito a pé fazia o mesmo . Mas ninguém o parou.

Eu estava perseguindo o bandido, logo atrás dele e , em um dado momento, tive a impressão de ter visto pelo canto do olho um objeto arremessado pelo lado direito do carro. Concentrado na perseguição ao bandido, resolvi prosseguir. Logo adiante o bandido sai da rua que eu o perseguia e toma uma travessa de acesso exclusivo de pedestres. O local é muito próximo à minha residência e, como conheço bem os arredores, supus qual o caminho que o bandido iria fazer.

Passo defronte a minha residência e quase nem a percebo tamanha a vontade de capturar o bandido. Vou até o final da rua e dobro na primeira esquina supondo encontrar o bandido logo adiante. E foi exatemente isso que aconteceu. O bandido cruzou a frente do meu carro . Nesse instante, sinceramente, me bateu uma vontade de atropelá-lo pois sou um cidadão indignado contra a bandidagem. Por sorte não o fiz. Se o fizesse, teria certamente um bom incômodo com os Direitos Humanos caso o bandido viesse a morrer. Provavelmente eu enfrentaria um processo penal.

Deixei o bandido atravessar a rua na minha frente, mas não desisti de pegá-lo. Me dirigi a um posto da Brigada Militar que fica a três quadras da rua onde o bandido havia tomado. Encostei meu carro rapidamente ao lado do posto e, sem perder tempo, relatei por uma pequena janela o ocorrido ao primeiro policial que avistei. Pedi a ele que alguém fosse atrás do bandido e informei a rua que o bandido havia tomado.

O policial disse-me que eles já haviam sido informados do acontecimento e que já estavam indo. Ele disse isso com uma calma exagerada. Diante da minha agitação e da vontade de ver o bandido preso, achei a atitude estranha. Fiquei desconfiado supondo que ninguém iria atrás do bandido.

Dei uma volta na quadra em torno do posto policial para conferir a atitude dos policiais militares . Percebi que dois deles entraram em uma viatura mas eles estavam muito calmos e a viatura demorou alguns instantes para sair do local. Resolvi encostar ao lado da viatura e indaguei se os policiais iriam atrás do bandido. Me informaram que estavam indo. Eu tomei a frente e os policiais me seguiram. Mais adiante então informei as características do bandido e indiquei a rua que o mesmo havia tomado. Em seguida fui embora para casa. Antes de entrar em minha residência resolvi ir de carro até a esquina da minha rua - onde a moça havia sido assaltada - para conferir se a mesma estava por ali . Como não vi sinal algum da moça, fui para casa.

Ao estacionar o carro em minha casa fui dar uma conferida se não havia a marca de algum arranhão ou sinal de impacto no capô do carro. Infelizmente a marca estava lá. É óbvio que um objeto realmente pegou no carro. Como não vi ninguém jogá-lo, achei esquisito - se bem que minha atenção estava totalmente voltada para o lado esquerdo da rua e, o objeto fora lançado, provavelmente, pelo lado direito da rua por alguém que eu nem percebi.

Resolvi dar uma conferida na rua para confirmar o lançamento do objeto e o mesmo realmente estava lá. Era um objeto de porcelana exatamente na cor que eu tinha percebido. Conclui que talvez houvesse alguém , pelo lado direito da rua, dando cobertura para o bandido sem que eu tivesse percebido.

Voltei para casa e resolvi ligar para o posto da Brigada Militar para conferir se os policiais militares haviam pego o bandido. Até aquele momento - uns 15 minutos depois do roubo - a resposta foi negativa. Fiquei muito irritado pois adoraria ver o bandido preso.
Pouco tempo depois do ocorrido, um pouco mais calmo, comecei a refletir sobre o fato. Pensei na hipótese de ter pego o bandido e a moça não registrar ocorrência pois a mesma não estava no local onde fora assaltada. Se isso ocorresse teria sido tudo em vão. E sobraria, para mim, não só um prejuízo material mas uma grande decepção.

Este episódio realmente mexeu comigo. Mesmo que meu caráter seja exatamente este - de se indignar, de tomar atitude - eu , em outra situação semelhante, não sei se faria tudo novamente. Creio que sim, mas sinceramente não sei. A incerteza da atitude a tomar decorre da ciência de que a bandidagem - de pequenos delitos - fica presa somente algumas poucas horas. E logo mais estará à solta novamente em busca de novas vítimas e, arriscar-se, diante desta triste consciência, parece ser uma tolice. Infelizmente a morosidade da justiça, as leis, tudo é favorável a bandidagem e colocam em xeque até mesmo o nosso sentido de solidariedade. Sei que algo precisa ser feito. Numa próxima oportunidade irei expor algumas idéias a respeito!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Crimes no trânsito – isto tem que acabar!

De vez em quando sou tomado de indignação diante de notícias de motoristas que matam e fogem do local do acidente sem prestar socorro às vítimas do trânsito. A triste notícia, neste feriadão de páscoa, foi a morte de três irmãos atropelados em Bento Gonçalves. O motorista que atropelou fugiu sem prestar socorro às vítimas.

Para quem teve um ente querido morto nesta circunstância é fácil imaginar o tamanho da dor dos pais destes jovens. Perdi meu pai em igual circunstância e, desde então, vivo pensando numa forma, de combater ativamente este tipo de crime. É preciso dar um basta!

O novo Código de Trânsito Brasileiro aprovado em 1997 evoluiu no sentido de tentar coibir os crimes de trânsito impondo a quem os comete penas mais severas. O artigo 305 do CTB trata da questão da fuga de condutor de veículo do local do acidente. Neste artigo o CTB estabelece uma pena de seis meses a um ano ou o pagamento de multa ao condutor de veículo que afasta-se do local do acidente para fugir de suas responsabilidades cíveis ou penais que possam a ele ser atribuídas.

Esta pena é obviamente branda diante de tamanha dor que tal crime provoca na família das vítimas de trânsito. A fuga do local do acidente de um condutor de veículo gera na família da vítima uma ferida que parece nunca cicatrizar, pois a dor da perda é agravada pela dor da revolta. Isso ocorre porque a imagem que se formula do motorista infrator é de alguém que não tem nenhum respeito nem amor ao próximo. De alguém que despreza por completo a vida alheia. De alguém que, se não for punido, poderá vitimar outros inocentes em igual ou diferente circunstância.

A possibilidade de pagamento de multa deveria ser retirada do CTB em relação a este crime pois, para mim, configura-se num simples abrandamento da punição. Um desvalor ao horroroso ato praticado. Como se houvesse algum motivo para atenuar a punição de tamanha monstruosidade e desumanidade. É um item que serve apenas de incentivo aos “bandidos do trânsito”.
A ampliação da pena, a exclusão da possibilidade da multa e a prisão imediata para motorista que foge sem o direito a responder processo em liberdade seriam medidas que contribuiriam para atenuar este tipo de crime. O estabelecimento de um prazo máximo para o julgamento de crimes de trânsito (em até 3 meses?) seria medida ainda mais eficaz porque o que mais incentiva os crimes de trânsito, assim como todos os outros tipos de crime, é a certeza da impunidade diante da morosidade da justiça e das inúmeras brechas jurídicas.

Sei que o prazo de três meses diante de tantas brechas jurídicas parece algo inexequível. Mas é em busca deste algo “inexequível” que se pode mudar alguma coisa. Não é aceitando o sistema como ele é que vamos mudar pra valer esta situação.

sábado, 11 de abril de 2009

Sarney tem mais mandatos que Ruy Barbosa

Eu já havia postado que acho benéfica a limitação de prazo para o exercício de atividade política em cargos eletivos por voto popular. Retomando o assunto, neste post, apenas reproduzo a reportagem da Agência Senado que ilustra o tempo de atividade política de José Sarney. Não vou entrar no mérito se o Sarney faz bem ou mal à política brasileira. Eu tenho minhas conclusões. Você tem as suas. Leia a matéria e no final, se puder, opine!


Maranhense e, há 18 anos, representante do Amapá no Senado, o senador José Sarney é o brasileiro que mais exerceu mandatos eletivos no período republicano. Ruy Barbosa teve 33 anos de mandatos. Sarney se elege há 50 anos: em 1959, chegou à Câmara para seu primeiro mandato como deputado eleito.
Desde 1971, Sarney ganhou cinco eleições para o Senado, as três últimas como representante do Amapá, para onde transferiu seu domicilio eleitoral depois que deixou a presidência da República.
Na condição de chefe do Executivo, depois da morte de Tancredo Neves, em 1985, coube a Sarney, reconhecido por sua capacidade de aglutinação política, conduzir o país de volta à democracia, depois de 20 anos de regime militar. Naquele mesmo ano, convocou a Assembléia Nacional Constituinte.
Nascido em Pinheiro (MA), com o nome de José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, adotou legalmente em 1965 o nome de José Sarney, que já usava para fins eleitorais por ser conhecido no Maranhão como "Zé do Sarney", numa alusão a "José, filho do Sarney".
Na juventude, ao lado de Bandeira Tribuzzi, José Bento, Ferreira Gullar e outros, fez parte do movimento literário difundido pela revista A Ilha, que lançou o pós-modernismo naquele estado. Entre 1966 e 1971, ele governou o Maranhão. Integrou a UDN, foi líder do governo Jânio Quadros na Câmara, presidiu a Arena e o PDS e hoje integra o PMDB.
Político desde 1955, ano em que foi eleito suplente de deputado, ele só tornou-se titular de um mandato eletivo nas eleições de 1958. Formado em Direito, é jornalista, pintor, poeta e ficcionista, integrante da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa.
É assumidamente também um supersticioso e hipocondríaco. Foge da cor marrom e costuma sair pela mesma porta por onde entrou, com medo de perder-se do seu anjo da guarda. Sobre o medo de doença, costuma brincar, dizendo: "não sou hipocondríaco. Eu sou é doente mesmo".
Como senador, é autor de 48 projetos de lei, entre eles um que concede às pessoas carentes anistia nas taxas de ocupação devidas, nos últimos cinco anos, pelo uso de imóveis da União em terrenos de marinha; e um dando ao Tribunal de Contas da União competência para julgar as contas de qualquer pessoa física ou jurídica que administre dinheiros, bens e valores públicos.
Paralelamente à sua carreira política, Sarney é autor de contos, crônicas, ensaios e de três romances: O dono do mar, Saraminda e A duquesa vale uma missa, todos com forte conteúdo erótico. É também colunista do jornal Folha de S.Paulo.
Teresa Cardoso / Agência Senado

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tempo máximo para ocupação de cargo político eletivo - uma questão de necessidade?

Há algum tempo venho pensando sobre a necessidade de se criar algum tipo de mecanismo ou lei que impeça ou que, pelo menos, desestimule que políticos eleitos pelo voto popular percebam a política como uma maneira pura e simples de ganhar dinheiro . Nesse sentido acho que uma das questões que mereceriam uma atenção especial é a limitação do tempo de permanência dos políticos brasileiros em cargos eletivos.

Este controle de tempo já ocorre nos cargos executivos -prefeito, governador, presidência- mas entendo que deva ser aperfeiçoado. Num primeiro momento, acho que o controle de tempo (mandatos) deveria ser estendido aos cargos do legislativo . Depois, acho pertinente a definição de um prazo máximo para o exercício de atividade política remunerada nos cargos eletivos por voto popular (20 anos? 30 anos? 40 anos?).

Entendendo esta medida como benéfica à população brasileira, por curiosidade, resolvi dar uma pesquisada sobre a vida política de dois dos personagens mais antigos da história da política brasileira (Pedro Simom e José Sarney). Não vou analisar aqui se os dois são bons ou maus políticos mas acho, com todo o respeito a ambos, que os cerca de 50 anos de atividade política remunerada, por cada um, algo extremamente exagerado.

Eu fico imaginando o tipo e a qualidade da contribuição que um político possa dar aos brasileiros e à política brasileira após tanto tempo.

Me parece provável que, no início, o desempenho político (qualidade e força de contribuição) , dependendo do real interesse de cada político, seja ascendente e atinge um ápice após alguns anos. Após um determinado prazo, o desempenho, provavelmente, seja descendente, devido, principalmente, à desilusão ou ao comodismo. Qualquer que seja o profissional que fique por tanto tempo numa mesma profissão, após muitos anos, tem uma tendência, de um modo geral, a se acomodar e o desejo de fazer o seu melhor costuma diminuir.

Com os políticos isto certamente não é diferente e a desilusão por não ver as coisas acontecerem é facilmente imaginável . A força com que os políticos defendem as suas idéias -ideais - certamente não será a mesma ao longo dos anos. Com o tempo acho que a desilusão é tamanha que o principal interesse dos políticos passa a ser a pura e simples manutenção do seu "ganha pão". O interesse próprio passa a falar mais alto e o interesse coletivo -que diz respeito a população brasileira - potencialmente fica prejudicado.

Enfim, acho que a questão é interessante, polêmica, de interpretações compreensivelmente variadas, mas certamente merecedora de reflexão.

Curiosidades:
1- Pedro Simom (senador/RS)
Eleito vereador em 1958; deputado estadual em 1962, 1966,1970,1974 ; senador em 1978, governador em 1986; senador em 1990,1998,2006. Seu mandato expira em 2014.

2- José Sarney (senador/AP)
Eleito deputado federal em 1955.
Governador do Maranhão entre 1966 e 1971
Senador pelo Maranhão entre 1971 a 1985 .
Presidente de República entre 1985 a 1990 .
Foi eleito senador em 1990,1998,2006. Está no 5º mandato. Seu mandato expira em 2014.
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