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sábado, 1 de agosto de 2009

Falência da segurança pública - a estrutura precária!

Se você assim como desconhece a real precariedade da estrutura policial vou mencionar um pouquinho do que vi nestes últimos dias para que você conheça um pouco mais do assunto. Pelo que pude ver, a situação é alarmante, beira o caos. A impressão é que isso somente não ocorre, pelo que pude perceber, graças ao louvável empenho e dedicação profissional dos policiais civis gaúchos.

Após o desfecho do sequestro relâmpago que sofri, agora em julho, fui fazer boletim de ocorrência numa Delegacia de polícia aqui de Porto Alegre. Na Delegacia, havia somente um plantonista, e tive que aguardar o atendimento, pois o mesmo estava atendendo um outro jovem que foi vítima de dois ladrões que levaram seu carro.
O plantonista me atendeu com extrema simpatia. Conversando com o mesmo ele contou-me que estava sozinho na delegacia e que se precisasse fazer algo, não teria como fazer, pois nem armamento o mesmo possuía. Disse-me que há vários dias a Delegacia havia feito solicitação de armamento, mas até aquele momento não havia sido atendida.
No dia seguinte, resolvi me dirigir à mesma Delegacia, pois desejava saber se o episódio seria investigado e qual Delegacia que faria a investigação. O investigador que me atendeu foi extremamente prestativo, me atendendo com muita atenção . Conversando com o investigador constatei que dificilmente o episódio seria investigado, pois diante da escassez de materiais e da falta de estrutura, a polícia faz o que pode e se vê obrigada a eleger outros crimes como prioridade. É de indignar! O crime que sofri (sequestro relâmpago) normalmente nem é investigado a não ser que resulte em morte. Pensando exatamente em evitar que esta quadrilha venha a cometer assassinatos, mortes, é que resolvi fazer a minha parte como cidadão e solicitar investigação. Eu realmente temo pela vida de outras vítimas que a quadrilha fará, por isso desejo que a mesma seja desmantelada antes que um pobre cidadão pague o preço pela precariedade da segurança pública.

Na Delegacia, pude ver algumas fotos de bandidos que agiam na região da Delegacia. O investigador que me atendeu disse-me que a Delegacia tinha registro de outros bandidos em um número bem maior em outro computador, mas infelizmente não daria para mim ver, pois o computador estava estragado, há quase um mês, e aguardava liberação de dinheiro para conserto.

Como não encontrei os bandidos no álbum de fotografias que vi nesta DP eu mencionei ao investigador que poderia fazer um retrato falado de um dos bandidos, pois eu lembrava nitidamente de sua fisionomia. O investigador, muito prestativo, disse-me que poderia ver outros álbuns no DEIC e caso não localizasse os bandidos nos álbuns então seria possível solicitar a elaboração do retrato falado. Lá no Deic estive em dois setores, roubo de veículos e área de seqüestro. Em ambos os locais fui muito bem atendido. As pessoas, que trabalham ali, pelo que percebi, merecem nosso respeito, pois diante de uma estrutura precária manifestam, com atenção e simpatia, a vontade de fazer um trabalho exemplar. No DEIC não consegui identificar pelas fotos (em torno de 1500 fotos) os possíveis bandidos que me sequestraram.
No dia seguinte, dois dias após o seqüestro relâmpago, fui avisado por uma Delegacia de Polícia que meu carro havia sido localizado, que o carro se encontrava em um depósito e que, deveria apenas aguardar perícia da Polícia Civil para a liberação do mesmo. Diante de tudo que vi até aquele momento (precariedade na estrutura policial) resolvi me dirigir ao depósito onde meu veículo estava e acompanhar a perícia da polícia para ter o conhecimento do tipo de perícia e saber do resultado prático da perícia.
Lá no depósito uma perita da polícia civil fez a perícia em meu carro. Uma moça muito educada, atenciosa e simpática. Conversando com a mesma soube que ela ficou quase duas horas tentando conseguir uma viatura que tivesse combustível para poder se deslocar e realizar as perícias do dia. Depois de quase duas horas ela conseguiu a liberação de R$80,00 para abastecer uma viatura. É duro, mas é isso mesmo.
Em relação a perícia em si solicitei que fossem retiradas as digitais do veículo, pois meu desejo era de que a polícia chegasse aos bandidos. Indaguei à perita sobre como funcionava a identificação das pessoas pelas digitais. Ela disse-me que as digitais levam a nomes, mas esses nomes não possuem um rosto. Áquela idéia de que a polícia recolhe digitais e um computador mostra o rosto dos donos das digitais é coisa de filme. Aqui em Porto Alegre, isso não existe. Como o carro possuía algumas digitais que foram recolhidas, caso eu desejasse fazer reconhecimento dos autores do meu seqüestro, isso só seria possível se eu soubesse o nome dos mesmos , pois caso contrário, não teria como fazer a identificação a não ser que fosse feito reconhecimento pessoal dos bandidos. Como haviam várias digitais seriam necessário chamar todos os proprietários das digitais para o reconhecimento. A polícia do Rio Grande do Sul, pelo que entendi, até o momento, não tem um banco de dados com as digitais e as fotografias dos donos das digitais. Esse sistema (que vimos em filmes policiais americanos) está para ser implantado há quase um ano, mas os equipamentos, que já foram comprados estão para serem instalados pela polícia federal. Quanto tempo isso levará? Só o tempo dirá. Enquanto isso, a bandidagem age e não tem limites.

Um fato curioso nessas idas e vindas de Delegacias (foram três ao total) é que em todas elas haviam pessoas registrando o roubo de veículos. Ou seja; a indústria do roubo de veículos está "a todo o vapor" aqui em Porto Alegre. E o que se está fazendo para acabar com esse tipo de crime? Pelo que sei, nada. Pelo que parece, as seguradoras contentam-se em aumentar o preço dos seguros dos veículos. O cidadão não exige a segurança que merece. E tudo fica por isso mesmo. Em resumo, é um legítimo salve-se quem puder!
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