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sábado, 14 de novembro de 2009

Sorriso verdadeiro, uma questão de sinceridade!

Minha adorável rottweiller emprestando sua simpatia!


Estive neste final de semana numa janta de confraternização política com amigos e um deles , em dado momento, me sugeriu um estágio ( com alguém ou em algum lugar que não me interessou) para aprender a emitir sorrisos em qualquer situação, mesmo naqueles momentos em que não se tem vontade alguma para sorrir (quando não se gosta de alguém, quando alguém faz algo que não lhe agrada, etc.) ; enfim, emitir sorrisos sempre, mesmo que sejam falsos ou dissimulados. Provavelmente esta idéia tenha lhe passado pela cabeça naquele momento por perceber que ali haviam políticos que sorriam à toa, para todos os lados e, no seu ponto de vista, estes sorrisos, mesmo que não sejam “sorrisos verdadeiros”, são mais proveitosos politicamente.

Eu não gostei da sugestão porque sorriso para mim não deve ser político e sim verdadeiro. Tem que ser um sorriso sincero porque uma das coisas que mais prezo nas pessoas é a sinceridade. E sorrir quando não se tem vontade ou quando a ocasião não merece um sorriso me parece uma mera falsidade.

Este episódio fez-me lembrar do “Sorriso de Duchenne”. O “Sorriso de Duchenne” é uma homenagem do pesquisador Paul Ekman, que na década de 70, catalogou diferentes tipos de sorrisos e identificou apenas um deles como sendo o sorriso genuíno, verdadeiro, e resolveu homenagear o neurologista francês Duchenne de Bolougne. Guillaume Benjamin Amand Duchenne (de Bolougne) no século XVIII fez estudos detalhados sobre as expressões faciais decorrentes do sorriso. Duchenne descobriu que o sorriso verdadeiro e o sorriso falso utilizam conjuntos de músculos faciais diferentes.

Segundo Duchenne, no sorriso genuíno , os músculos da bochecha e os cantos da boca se elevam, as pálpebras se apertam e aparecem rugas em torno dos olhos. Concordando ou não com a caracterização do “Sorriso de Duchenne” o certo é que sorrir verdadeiramente faz muito bem não só para quem sorri, mas também para quem recebe o sorriso e sabe que nele pode confiar . A propósito; se a bela Julia Roberts sorrisse para você (imagem a seguir) qual dos sorrisos a seguir você acha que seria o sorriso genuíno de Duchenne?

domingo, 11 de outubro de 2009

Barra de menus do Corel Photo Paint sumiu!

A internet é realmente uma grande biblioteca. O compartilhamento de informações entre os internautas é louvável e é uma prática comum. Sendo assim, compartilho a solução para um pequeno problema, mas uma chatice, que enfrentei no Corel Photo Paint : a barra de menus havia sumido.
Procurando a solução na internet encontrei a resposta e repasso para quem estiver enfrentando o problema:
1º Se estiver no Corel feche-o agora.
2º Dê um duplo clique para abrir o Corel e em seguida pressione F8 no teclado (faça isso imediatamente, antes de carregar o programa!!!)
2º Aparecerá a seguinte mensagem: " Tem certeza que deseja substituir o espaço de trabalho atual pelo padrão atual de fábrica?" escolha Sim . Pronto! A barra de menus do Corel Photo Paint agora está aparecendo.

Se a mensagem não aparecer logo que você clicar em F8, tente novamente, porém desta vez clique F8 mais rapidamente. A solução resolveu o meu problema. Possivelmente resolva o seu. Talvez existam outras soluções, mas eu não conheço.
A solução apresentada foi encontrada no fórum de discussão SCRIPT BRASIL (membro Marc31) ao qual repasso os créditos.

Recuperar arquivos "perdidos" com o uso do Hidrocad

O Hidrocad - software que funciona como um plug-in dentro do AutoCAD - há pouco tempo vém sendo disponibilizado gratuitamente para download pela Amanco do Brasil em seu site. No site da Amanco basta um pequeno cadastro para receber através de e-mail um link para o download do software. A instalação do plugin é rápida e fácil. Numa rápida experimentação do software se percebe inúmeras utilidades . A solução para os projetistas hidráulicos, carentes de um bom software gratuíto, parece ter chegado. Infelizmente se por um lado se tem a impressão dele como solução para nossos projetos hidráulicos, por outro, após pouco tempo de uso, nos deparamos com um problema: o software "tranca" o AutoCAD e os arquivos produzidos com o Hidrocad não abrem mais.
Calma! não enlouqueça, nem tampouco ofenda a Amanco! Oferecer um software, mesmo que gratuitamente, que não funciona corretamente merece críticas? Sim. A iniciativa merece parabéns? Sim. A Amanco resolverá o problema? Certamente. Então, enquanto isso não acontecer,se você não deseja vir a enfrentar o problema citado e perder os arquivos que criar com a ajuda do software Hidrocad siga as recomendações:

1º Tenha duas versões do software AutoCAD instalados em sua máquina.
2º Instale o Hidrocad na versão mais antiga do AutoCAD.
3º Salve o seu arquivo a todo momento para não perder muito trabalho quando o Hidrocad trancar o AutoCAD.

Agora, se você deseja recuperar os arquivos produzidos com a o auxílio do Hidrocad faça o seguinte:
1º Abra o arquivo que está corrompido no software AutoCAD mais recente.
2º Salve o arquivo corrompido na versão antiga do AutoCAD.
Pronto! agora você pode voltar a abrir o arquivo que já não está mais corrompido na versão antiga do AutoCAD e pode continuar a usar o software Hidrocad.

A solução que apresento pressupõe o uso de duas versões do software AutoCAD . Se esse não for o seu caso, talvez exista uma outra solução para seu problema. Eu não conheço, mas se alguém conhecer, e quiser apresentar outra solução eu a publicarei aqui tão logo tenha conhecimento da mesma.
Para concluir, seguem algumas observações importantes:

1º Para abrir o arquivo corrompido no AutoCAD você pode desinstalar somente o plugin do Hidrocad, no entanto, aquilo que foi desenhado com o Hidrocad não poderá ser apagado nem editado.
2º O procedimento de abrir o arquivo numa versão mais moderna do AutoCAD e salvá-la numa versão mais antiga terá que ser realizado tantas vezes quanto necessário.

No mais, espero ter ajudado;

Abraços!

domingo, 9 de agosto de 2009

Dia dos Pais : Filho teu pai te ama!


Eu perdi meu pai. Meu pai cometeu alguns erros na vida, mas do seu jeito ele era o guardião da família. Era um homem bom. Educava à moda antiga, mas herdamos dele o seu melhor: dignidade e honestidade. Hoje, em algum lugar do céu ele está olhando para sua família e desejando proteção. Os erros cometidos por meu pai em determinado momento da vida se foram e por alguns anos pudemos viver muito felizes. Infelizmente uma fatalidade o levou. Dos erros do meu pai, não há mágoas; da sua ausência, sobra saudade. O que mais me consola na perda de meu pai foi o fato de eu poder ter estado ao seu lado dois dias antes de ele nos deixar. Hoje em dia, a cada dia dos pais, o que mais sinto falta é de seu aperto de mão, da companhia dele no chimarrão, de um abraço. Sua ausência machuca muito. Mas não estou aqui para fazer ninguém chorar. O que quero é aconselhar àqueles filhos que se afastam dos pais por pequenas brigas, por bobagens. Quando você brigar com o seu pai não se afaste dele. Saiba que seu pai, assim como qualquer pessoa comete erros, mas lembra que seu pai te ama muito e, do seu jeito, deseja o melhor para você.
Por isso, nesse dia dos pais dê um abraço nele, demonstre pra ele que você o ama também. Não perca tempo deixando a felicidade de lado por pequenas brigas. Aproveite cada dia com seu pai como se fosse o último. Agradeça a Deus por você poder abraçá-lo por mais um dia e poder chamá-lo de pai.


“ Entre a felicidade e a razão, prefira a felicidade, sempre!”

sábado, 1 de agosto de 2009

Falência da segurança pública - a estrutura precária!

Se você assim como desconhece a real precariedade da estrutura policial vou mencionar um pouquinho do que vi nestes últimos dias para que você conheça um pouco mais do assunto. Pelo que pude ver, a situação é alarmante, beira o caos. A impressão é que isso somente não ocorre, pelo que pude perceber, graças ao louvável empenho e dedicação profissional dos policiais civis gaúchos.

Após o desfecho do sequestro relâmpago que sofri, agora em julho, fui fazer boletim de ocorrência numa Delegacia de polícia aqui de Porto Alegre. Na Delegacia, havia somente um plantonista, e tive que aguardar o atendimento, pois o mesmo estava atendendo um outro jovem que foi vítima de dois ladrões que levaram seu carro.
O plantonista me atendeu com extrema simpatia. Conversando com o mesmo ele contou-me que estava sozinho na delegacia e que se precisasse fazer algo, não teria como fazer, pois nem armamento o mesmo possuía. Disse-me que há vários dias a Delegacia havia feito solicitação de armamento, mas até aquele momento não havia sido atendida.
No dia seguinte, resolvi me dirigir à mesma Delegacia, pois desejava saber se o episódio seria investigado e qual Delegacia que faria a investigação. O investigador que me atendeu foi extremamente prestativo, me atendendo com muita atenção . Conversando com o investigador constatei que dificilmente o episódio seria investigado, pois diante da escassez de materiais e da falta de estrutura, a polícia faz o que pode e se vê obrigada a eleger outros crimes como prioridade. É de indignar! O crime que sofri (sequestro relâmpago) normalmente nem é investigado a não ser que resulte em morte. Pensando exatamente em evitar que esta quadrilha venha a cometer assassinatos, mortes, é que resolvi fazer a minha parte como cidadão e solicitar investigação. Eu realmente temo pela vida de outras vítimas que a quadrilha fará, por isso desejo que a mesma seja desmantelada antes que um pobre cidadão pague o preço pela precariedade da segurança pública.

Na Delegacia, pude ver algumas fotos de bandidos que agiam na região da Delegacia. O investigador que me atendeu disse-me que a Delegacia tinha registro de outros bandidos em um número bem maior em outro computador, mas infelizmente não daria para mim ver, pois o computador estava estragado, há quase um mês, e aguardava liberação de dinheiro para conserto.

Como não encontrei os bandidos no álbum de fotografias que vi nesta DP eu mencionei ao investigador que poderia fazer um retrato falado de um dos bandidos, pois eu lembrava nitidamente de sua fisionomia. O investigador, muito prestativo, disse-me que poderia ver outros álbuns no DEIC e caso não localizasse os bandidos nos álbuns então seria possível solicitar a elaboração do retrato falado. Lá no Deic estive em dois setores, roubo de veículos e área de seqüestro. Em ambos os locais fui muito bem atendido. As pessoas, que trabalham ali, pelo que percebi, merecem nosso respeito, pois diante de uma estrutura precária manifestam, com atenção e simpatia, a vontade de fazer um trabalho exemplar. No DEIC não consegui identificar pelas fotos (em torno de 1500 fotos) os possíveis bandidos que me sequestraram.
No dia seguinte, dois dias após o seqüestro relâmpago, fui avisado por uma Delegacia de Polícia que meu carro havia sido localizado, que o carro se encontrava em um depósito e que, deveria apenas aguardar perícia da Polícia Civil para a liberação do mesmo. Diante de tudo que vi até aquele momento (precariedade na estrutura policial) resolvi me dirigir ao depósito onde meu veículo estava e acompanhar a perícia da polícia para ter o conhecimento do tipo de perícia e saber do resultado prático da perícia.
Lá no depósito uma perita da polícia civil fez a perícia em meu carro. Uma moça muito educada, atenciosa e simpática. Conversando com a mesma soube que ela ficou quase duas horas tentando conseguir uma viatura que tivesse combustível para poder se deslocar e realizar as perícias do dia. Depois de quase duas horas ela conseguiu a liberação de R$80,00 para abastecer uma viatura. É duro, mas é isso mesmo.
Em relação a perícia em si solicitei que fossem retiradas as digitais do veículo, pois meu desejo era de que a polícia chegasse aos bandidos. Indaguei à perita sobre como funcionava a identificação das pessoas pelas digitais. Ela disse-me que as digitais levam a nomes, mas esses nomes não possuem um rosto. Áquela idéia de que a polícia recolhe digitais e um computador mostra o rosto dos donos das digitais é coisa de filme. Aqui em Porto Alegre, isso não existe. Como o carro possuía algumas digitais que foram recolhidas, caso eu desejasse fazer reconhecimento dos autores do meu seqüestro, isso só seria possível se eu soubesse o nome dos mesmos , pois caso contrário, não teria como fazer a identificação a não ser que fosse feito reconhecimento pessoal dos bandidos. Como haviam várias digitais seriam necessário chamar todos os proprietários das digitais para o reconhecimento. A polícia do Rio Grande do Sul, pelo que entendi, até o momento, não tem um banco de dados com as digitais e as fotografias dos donos das digitais. Esse sistema (que vimos em filmes policiais americanos) está para ser implantado há quase um ano, mas os equipamentos, que já foram comprados estão para serem instalados pela polícia federal. Quanto tempo isso levará? Só o tempo dirá. Enquanto isso, a bandidagem age e não tem limites.

Um fato curioso nessas idas e vindas de Delegacias (foram três ao total) é que em todas elas haviam pessoas registrando o roubo de veículos. Ou seja; a indústria do roubo de veículos está "a todo o vapor" aqui em Porto Alegre. E o que se está fazendo para acabar com esse tipo de crime? Pelo que sei, nada. Pelo que parece, as seguradoras contentam-se em aumentar o preço dos seguros dos veículos. O cidadão não exige a segurança que merece. E tudo fica por isso mesmo. Em resumo, é um legítimo salve-se quem puder!
Notícias relacionadas:

Falência da segurança pública - a bandidagem está à solta!

Cuidado ao entrar e sair de seu carro se estiver próximo de dois homens desconhecidos!

Há três anos atrás fui vítima de roubo à mão armada . Eram dois bandidos que me interceptaram ao entrar no meu antigo carro. Estes bandidos só queriam o carro, pois me pediram para entregar as chaves e sair do carro. Levaram meu carro e nunca mais tive notícias dele. Sofrer um roubo deste tipo é algo comum em Porto Alegre, infelizmente. Nesse tipo de episódio são alguns poucos minutos de tensão (menos de 5 minutos) . Nada c
omparável ao sofrimento e ao impacto psicológico, ocasionado pelo sequestro relâmpago. Neste caso, o sequestrado se vê literalmente envolvido em um filme de terror. É pânico total.

Nos dois casos de roubo e ação dos bandidos, eu identifiquei uma particularidade que quero dividir com vocês: os bandidos agem em dupla. Não tenho estatísticas e duvido que a polícia tenha, mas acredito que a ampla maioria dos roubos de carro em Porto Alegre seja praticado por duas pessoas. Não que eles não hajam sozinhos, mas me parece que o padrão é agir em dupla. Então vai uma dica minha para todos os motoristas: se avistarem uma dupla de desconhecidos próximo ao seu carro, não entre nele e se for para estacionar, estacione em outro lugar.

É impressionante, mas nos dois episódios eu percebi as duplas caminhando pela rua e antes de entrar no carro, fiquei em dúvida de fazê-lo, pois meu “sexto sentido” me fez pensar que poderiam ser bandidos, mas resolvi arriscar e entrar no carro. Me dei mal nas duas ocasiões pois não dei “ouvidos” ao meu “sexto sentido”. Então eu não sei se você que está lendo o post irá usar minha dica. Acho que também não precisa ficar apavorado, mas não dá pra vacilar de jeito nenhum. E não adianta pensar que está protegido no caso de estar numa rua que tenha movimento, pois não está. Os bandidos se aproveitam das oportunidades. Se você vacilar, seja o lugar que for, eles estarão em cima pra te vitimar.

Sequestro Relâmpago em Porto Alegre

Recentemente fui vítima de um sequestro relâmpago aqui em porto alegre. Por 90 minutos de “puro terror” fiquei a mercê de bandidos que se apossaram de meu veículo e me levaram junto. Queriam dinheiro. No carro estavam dois bandidos, mas um deles foi substituído por um terceiro bandido que, segundo conversas que ouvi por fone, dava cobertura em outro veículo. Um dos bandidos se apossou dos meus cartões bancários e se dirigiu a rede bancária para tentar sacar dinheiro. Enquanto isso eu ficava a mercê de dois bandidos armados no carro.
Fui seqüestrado as 17:45hs da tarde de terça feira numa rua repleta de pessoas do Bairro Auxiliadora. Algumas viram o seqüestro, chegaram a ser ameaçadas pelos bandidos, mas nem sei se estas pessoas chegaram a ligar para a polícia. Talvez tenham ligado, mas contar com a polícia militar aqui em Porto Alegre é contar muito com a sorte, pois ela as vezes não vem e quando aparece chega atrasada. Achar que a polícia imediatamente vai sair à caça dos bandidos? Pura ilusão!

Durante o sequestro fui ameaçado de morte e também os bandidos ameaçaram me levar para um cativeiro. Em vários momentos eu pensava em tentar algo, pois temia muito pela minha vida e não sabia que desfecho teria o episódio. Pensei em me jogar do carro em movimento, mas achei que poderia ser baleado pelo bandido que estava no banco de trás. Foi um filme de terror e os minutos pareciam uma eternidade. Achei mesmo que podia morrer, pois eu não lembrava das senhas bancárias e os bandidos achavam que eu estava mentindo.

Por fim, fui liberado as 19:15 hs no Bairro Passo D’ Areia. Os bandidos levaram meu carro que fora recuperado 36 horas depois.
O que mais me chamou atenção nesse episódio foi a triste constatação de que não se está seguro em lugar algum. Há um tempo atrás se imaginava que diante de muitas pessoas os bandidos não ousavam tentar assaltar, sequestrar, etc. Agora, constato que não há lugar seguro. Eles fazem o que bem entendem a qualquer hora, em qualquer lugar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs)!

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) foram introduzidas, no Brasil, na Constituição de 1934 e regulamentadas pela Lei 1579 de 1952, mas acredito que a maioria da população brasileira, assim como eu, teve o conhecimento da existência deste instrumento de investigação somente no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De lá para cá já ocorreram inúmeras CPIs e provavelmente a maioria dos brasileiros já ouviram falar das mesmas e sabem o que elas representam.

As CPIs são excelentes instrumentos de investigação, no entanto, como todos sabem, normalmente acabam em “PIZZA”. A prerrogativa para a instalação das CPIs no Brasil fica a cargo dos nobres deputados e senadores e isto, no meu ponto de vista, é um grande problema. O legislativo, tanto federal como estadual, normalmente é muito influenciado e atrelado ao poder executivo. Em geral, a base aliada dos governos é sempre maior do que as oposições e isto dificulta a criação de CPIs quando o objeto de investigação é contrário aos interesses políticos dos partidos que estão no poder.

Lembro que no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso os partidos da base aliada do governo eram quase sempre contrários a instalação de CPIs enquanto o PT e outros partidos de esquerda eram normalmente a favor. Na época, eu acreditava que o objetivo do PT e dos demais partidos de esquerda eram de apoiar as CPIs para investigar tudo, independente de quem estava no poder, mas parece que a questão não era bem assim, pois no governo LULA o PT já demonstrou que não mede esforços para barrar CPIs, principalmente àquelas que poderiam atingir o executivo, da mesma forma que ocorria no governo FHC. O argumento para barrar as tais CPIs tanto no governo FHC quanto no governo LULA praticamente é o mesmo: as CPIs tem caráter político . Verdade ou não a CPI é um instrumento de investigação de grande utilidade, mas deve ser aperfeiçoada, pois carece de credibilidade.

Defendo a idéia de que para se criar uma CPI a prerrogativa não seja mais dos deputados e senadores, mas sim da sociedade civil. Isso evitaria que governos manobrassem para evitar a criação de CPIs e também evitaria que partidos criassem CPIs com meras finalidades políticas. Mas como a sociedade civil poderia determinar ou não a criação de uma CPI? Penso que poderia acontecer num esquema de votação como num júri popular onde um grupo de pessoas votariam a favor ou contrários à instalação das CPIs e caberia aos políticos ou advogados dos partidos, por exemplo, a defesa ou não da instalação das mesmas perante este júri. Obviamente que esse processo de votação e defesa para criação ou não das CPIs teria que ser ágil e não moroso como são os processos do judiciário . Além disso, teria que ser providenciada uma estrutura especial para que fosse possível a implantação deste sistema .

Enfim, sou favorável a criação de CPIs de modo que se possa investigar a tudo e a todos sempre que necessário. O instrumento da CPI está falido e algo precisa ser feito.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Gente como a gente!

O post a seguir é baseado no artigo Gente como a Gente (Kanitz, 2004).


Kanitz no artigo Gente como a Gente expõe sobre a problemática do convívio social entre pessoas com o advento da urbanização em massa nos grandes centros urbanos. Segundo Kanitz, em um longo período da história a maior parte da população vivia em pequenas cidades ou vilas de 1.000 habitantes e, algumas com no máximo 10.000 habitantes. As pessoas nestas cidades conheciam-se por nome e sobrenome e para se ter amigos, devido ao reduzido número de pessoas na mesma faixa etária, era necessário aprender desde cedo a conviver com as naturais diferenças de opinião.
O que antes não passavam de 200 pessoas na mesma faixa etária, hoje em dia, nas cidades de médio e grande porte, por exemplo Porto Alegre, tem-se aproximadamente 100.000 pessoas na mesma faixa etária e conhecer esse bocado de gente é algo impensável. As pessoas passaram a fazer, então, o que antes não era possível: selecionar os seus amigos.

“ Ao contrário de antigamente, podemos agora criar um seleto grupo de amigos iguais a nós, gente como a gente. Pessoas com os mesmos interesses, com as mesmas manias, que pensam politicamente do mesmo jeito, que têm os mesmos gostos e opiniões.

Se seu vizinho é um chato ou tem opiniões contrárias, você agora pode simplesmente ignorá-lo, e se deslocar de automóvel até o outro lado da cidade para encontrar um amigo. Gente chata nunca mais. Virtudes como tolerância, respeito, curiosidade intelectual, não são mais sequer discutidas, muito menos veneradas.

Com a Internet, a situação piorou, e muito. Agora existem sites que permitem que descubramos gente como a gente do outro lado do mundo, através de comunidades virtuais...”

As comunidades virtuais são uma realidade, mas se não tomarmos o cuidado e tentarmos reverter a tendência, viraremos apenas um bando de narcisistas diante de um grande espelho. Não se prega uma volta ao passado, ou o fim das comunidades virtuais, pois conhecer gente como a gente é algo de fato prazeroso, mas é necessário um pequeno esforço para se conhecer novamente os nossos vizinhos, mesmo os chatos, os de opiniões diferentes, que curtem músicas que não gostamos e assim por diante.
Se dermos chances aos nossos vizinhos, poderemos descobrir que no fundo ele pode ter coisas interessantes a dizer e diferentes das quais estamos habituados a ouvir. E poderemos descobrir que há uma virtude em ser tolerante, compreensivo e aberto a novas idéias, pois todo “chato” pode ter algo interessante a dizer.
“ Se cada um de nós fincar na sua trincheira, criando batalhões de amigos que pensam iguaizinhos a nós, iremos numa rota perigosa para o futuro”.

Fugindo um pouco do exemplo das comunidades virtuais, referido por Kanitz, com o fenômeno da urbanização passamos a ter oportunidade de conhecer inúmeras pessoas através dos colégios, faculdades, academias, empregos, etc., e devido a esse grande número de pessoas que passamos a conhecer em curtos períodos de tempo, passamos a selecionar os amigos de tal forma que o mínimo senão já é suficiente para excluirmos alguém do nosso convívio. A conseqüência disso são as amizades passageiras. Há pouco tempo atrás tínhamos os melhores amigos de nossas vidas. Hoje em dia temos os melhores amigos da última semana, do último emprego, do último semestre da faculdade, da academia, etc., amizades não tão “verdadeiras” quanto aquelas que eram mais duradouras.

Precisamos aprender a conviver com esta multidão de pessoas e suas naturais diferenças, praticando a tolerância, compreensão, e aceitação de gente não tão parecida com a gente. Isto tornará mais sólidas as relações sociais e deixará o mundo bem melhor; pode apostar!

sábado, 9 de maio de 2009

Não espere demais!

A mensagem que estou postando a seguir é um dos contos mais lindos que eu já ouvi e li na vida. É triste também, mas demonstra o quanto é importante não esperarmos demais para expressar nossos sentimentos às pessoas que amamos! Leia, vale a pena!


NÃO ESPERE DEMAIS!!

Era uma vez um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa dos pais sob o cuidado constante de sua mãe. Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela quadra, olhando as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Foi amor à primeira vista.
Abriu a porta e entrou sem olhar para mais nada que não a sua amada. Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava. A garota ao vê-lo deu-lhe um lindo sorriso e perguntou se podia ajudá-lo em alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto e a emoção foi tão forte que ele mal conseguiu dizer que queria comprar um CD. Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era e disse: esse aqui.
Quer que embrulhe para presente? - perguntou a garota sorrindo ainda mais. Ele só mexeu com a cabeça para dizer que sim. Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o pacote e saiu louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura divina.
Daquele dia em diante, todas as tardes voltava à loja de discos e comprava um CD qualquer. Em todas as vezes a garota deixava por alguns instantes o balcão e voltava com o cd muito bem embrulhado . O garoto guardava todos os cds que comprava logo que chegava em casa sem ao menos abri-los.
Ele estava apaixonado, mas tinha medo de uma reação dela e, assim, por mais que ela sempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la para sair e conversar. Comentou sobre isso com sua mãe que o incentivou muito, a chamá-la para sair.
Um dia ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os dias, comprou outro CD e, como sempre, a linda garota foi embrulhá-lo. Quando ela não estava vendo, ele escondeu um papel com seu nome e telefone no balcão e saiu da loja correndo. No dia seguinte o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu. Era a garota perguntando por ele. A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar e disse: então você não sabe? Ele faleceu essa manhã. Mais tarde, a mãe entrou no quarto do filho para olhar suas roupas e ficou muito surpresa com a quantidade de CDs , todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito: você é muito simpático, não quer me convidar para sair? Eu adoraria. Emocionada, a mãe abriu outro CD e dele também caiu um papel que dizia o mesmo, e assim tantos quanto ela abriu trazia uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer aquele rapaz.
Assim é a vida: não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já, fale, escreva, telefone, diga o que sente e que nunca foi dito. Não deixe para amanhã, pois amanhã pode ser tarde demais.
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O sentimento de amor existe entre pais e filhos, entre irmãos, entre namorados, marido e mulher, mas também entre amigos, vizinhos, etc., por isso não deixe de dizer que você gosta de alguém, que você ama, somente porque este alguém não é seu parente, ou seu marido, ou sua mulher. Diga! Eu sei que não é fácil, mas também não será fácil perder aquele vizinho seu que esteve ali do lado de sua casa por 20, 30, 40 anos, que te viu crescer, que foi um excelente amigo de seus pais e que se foi sem saber o quanto você tinha apreço, carinho e respeito por ele.
Um grande abraço!

domingo, 3 de maio de 2009

A máquina do cérebro

Encontrei o texto a seguir em uma revistinha, achei bacana, e resolvi postar para dividir a curiosidade !

A MÁQUINA DO CÉREBRO



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Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3
4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO
NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3
F4Z3R CO1545
1MPR3551ON4NT35! R3P4R3
N1550! NO COM3ÇO 35T4V4
M310 COMPL1C4DO, M45
N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41
D3C1FR4NDO O CÓD1GO
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3,
S3M PR3C1S4R P3N54R
MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R
B3M ORGULHO50 D155O! SU4
C4P4C1D4D3 M3R3C3
P4R4BÉN5!
____________________________________________________
3 41 g0st0u? 3u t4mb3m!
3u n4o 531 qu3m 3 o 4utor, m45 s3 4lgu3m 5oub3r m3 av1s3 qu3 coloco o5 cr3d1tos p4r4 3l3 4qu1!
V4lt3r d4 R054

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A nova Lei dos Estágios x ingresso de jovens no mercado de trabalho.

A nova Lei dos Estágios, lei 11788, sancionada em 25 de setembro de 2008, trouxe algumas mudanças significativas na relação entre empresas e estagiários. A nova lei tornou-se mais protetiva para os estagiários, mas poderá trazer consigo um efeito indesejável: a diminuição na oferta de estágios por parte das empresas.

Para mim, o que mais chama atenção é o estabelecimento da jornada de atividade diária de no máximo 6 (seis) horas para estagiários oriundos do ensino superior e de nível médio (artigo 10 da nova lei dos estágios). Creio que este item poderá ocasionar uma diminuição na oferta de estágios, pois vai exigir uma adaptação das empresas para o cumprimento da nova regra. O que antes era possível com 1 (um) estagiário que cumpria 8 (oito) horas de atividade diária, hoje, talvez seja necessário o emprego de 2 (dois) estagiários com atividades de 4 (quatro) horas diárias. Esta adaptação ou viabilização técnica poderá por em xeque o emprego ou não de estagiários nas empresas.

A falta de qualificação de muitos jovens e a alta rotatividade dos estagiários aliado a dificuldade técnica de fazer a “máquina funcionar” com o uso de duas pessoas onde antes era necessário somente uma, somado ainda a possível elevação de custos na contratação de estagiários (veja tabela no final do texto), são questões que poderão ser consideradas pelas empresas. E muitas delas ao fazerem estas considerações poderão optar pela contratação de empregados ao invés de estagiários. Se isto se confirmar, estaremos diante de um agravamento dos índices de desemprego entre os jovens brasileiros. Principalmente dos jovens que desejam entrar no mercado de trabalho.

Em 2005, segundo o IPEA, o índice de desemprego entre os jovens de 15 e 24 anos era 3,5 vezes maior do que os considerados adultos com mais de 24 anos de idade. A falta de experiência é uma das causas conhecidas para o desemprego maior nesta faixa etária. É algo que assombra os jovens brasileiros e os força a viver um dilema: como adquirir um primeiro emprego sem ter experiência e como obter experiência sem ter um primeiro emprego?. A resposta a este dilema, para muitos jovens, está no estágio, e é compreensível que se pense assim, pois no Brasil o estágio não possui um caráter meramente pedagógico, de aprender com a prática, mas assume um papel tão ou mais importante: oportuniza a entrada no mercado de trabalho de jovens que não possuem experiência alguma.

Os avanços na nova lei dos estágios são inegáveis. Proporcionam, de maneira justa, por exemplo, o recesso de 30 dias para estagiários que permanecem num mesmo estágio por período igual ou superior a 1 (um) ano. Por outro lado, a questão da jornada de atividade diária de 6 (seis) horas se teve como objetivo principal dificultar a substituição de um funcionário por um estagiário, prática de algumas empresas, cria, de certa forma, um fator complicador para a criação ou manutenção da oferta de estágios em muitas empresas. O impacto de uma possível diminuição na oferta de estágios e a elevação dos índices de desemprego entre os jovens será conhecido com o tempo.

A tabela que apresento a seguir, mesmo que simplificada, serve para ilustrar a possível elevação dos custos para as empresas caso a opção das mesmas seja pela contratação de 2 (dois) estagiários . Na tabela, o custo final de 1 (um) funcionário se aproxima do custo na contratação de 2 (dois) estagiários. Esta aproximação de custos, somada a dificuldade técnica para a realização de algumas atividades por 2 (dois) estagiários de 4 (quatro) horas me parece inconveniente, pois é possível que as empresas façam a opção por contratar funcionários ao invés de utilizarem estagiários. Aparentemente isto é desejável, o porém, é que não serão os jovens sem experiência os novos contratados, mas sim os que já possuem experiência.



A nova lei dos estágios você encontra no seguinte endereço:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como elaborar um currículo - parte 1

Quando eu resolvi criar meu BLOG a primeira coisa que pensei foi na sua utilidade para os internautas. Eu procuro usar o BLOG para transmitir minhas idéias, conhecimentos, enfim, procuro ser útil. Os posts referentes a elaboração de currículos certamente não são originais. Esta não é minha preocupação, pois meu objetivo principal é de contribuir, fazer minha parte, para que muitos candidatos a uma vaga de emprego consigam elaborar um currículo adequadamente, melhorar o currículo que já utilizam e, consequentemente, ter maiores chances num processo seletivo.

Sempre que tenho contato com currículos, me deparo com inúmeros erros ou "deslizes" na elaboração dos mesmos. Esses erros ou "deslizes" fazem parte da maioria dos currículos (talvez 90%). Como são muitos os candidatos que participam dos processos seletivos para uma mesma vaga, acredito que apenas 10% dos candidatos passam no teste da apresentação dos currículos. É um número muito baixo né? Consciente deste problema resolvi postar a respeito.

Antes de prosseguir quero dizer que meu objetivo aqui é essencialmente o de contribuir e , em alguns momentos, procuro fazê-lo de uma maneira mais divertida e agradável. Sei que procurar emprego não é nada divertido, às vezes é angustiante e, não raro, traz muito sofrimento. Apesar disso, eu aconselho àquele que estiver procurando um emprego a fazê-lo com entusiasmo, procurando transmitir uma imagem positiva para o recrutador, pois ele sempre preferirá contratar alguém que venha a somar na empresa e energia negativa dificilmente o fará pensar desta maneira.

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As dicas que apresentarei, logo mais, são frutos exclusivamente dos critérios que utilizo quando seleciono algum funcionário e do conhecimento que tenho de outras empresas ou recrutadores. Muitas dicas baseiam-se, simplesmente, no emprego do bom senso e ,sendo o processo de recrutamento de um candidato algo “meio subjetivo”, evidentemente haverá divergências em algumas dicas apresentadas. Acredito, porém, que as mesmas possam ser utilizadas na elaboração dos currículos da ampla maioria dos candidatos a um emprego.
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Bem, chega de blá,blá, blá, vamos ao começo! Passe para o próximo post!

Como elaborar um currículo - parte 2

Nos processos seletivos que utilizo, normalmente solicito que os candidatos enviem seus currículos através de e-mail. Esta é uma prática cada vez mais comum no processo seletivo das empresas. Antes de abordar os cuidados que os candidatos devem ter na elaboração dos currículos falarei um pouquinho sobre o envio dos mesmos via e-mail.


Dica 1 - Utilize um e-mail próprio para enviar seu currículo!

Comentário :
Usar o e-mail de outra pessoa para enviar o currículo é um péssimo sinal. Primeiramente porque parece que o candidato não possui e-mail e, dependendo da vaga em questão, isto é imperdoável. Outro motivo para não cometer este “pecado” é que a iniciativa para a busca do emprego pode ser posta em xeque além, é claro, da possibilidade do recrutador pensar que o candidato não possui a independência e maturidade necessárias para a vaga que está sendo ofertada.

Dica 2 - Coloque o assunto no e-mail e também uma mensagem de apresentação no corpo do e-mail.

Comentário 1:
Seja sintético nas palavras. Escreva no corpo do e-mail algo assim:
Olá! Boa tarde!
Estou encaminhando meu currículo para apreciação. Desde já, agradeço a oportunidade e me coloco à disposição para contato posterior,
atenciosamente;
José da Silva.

Comentário 2:
A inclusão da mensagem de apresentação não define a seleção do seu currículo e, provavelmente, também não defina a sua eliminação, no entanto é um item que vem a somar. Lembre-se que o seu currículo é “um somatório de coisas” e, no final, quem tem o maior "somatório" recebe a oportunidade para uma entrevista. Então, não perca a oportunidade e vá somando pontos desde o princípio!

Dica 3 - Formato de arquivo.

Comentário 1:
Escolha um formato de arquivo que possa ser facilmente aberto e visualizado pelo recrutador. Dê preferência a arquivo no formato WORD versão 2002 ou anterior.
Aqui já enumero o primeiro grande erro do candidato a uma vaga de emprego : enviar arquivo no formato do WORD 2007 ( docx) .

Comentário 2:
Arquivos salvos na versão do WORD 2007 no formato "docx" não podem ser abertos em versões anteriores do software. É bom lembrar que esta versão do WORD, até o momento,não é a mais utilizada pelas empresas e, assim, seu currículo corre sério risco de não poder ser analisado pelo recrutador.
Na Internet há softwares freeware que permitem a visualização dos arquivos no formato do WORD 2007 (docx) mas poucos os conhecem.

Comentário 3:
Nunca escolha formato do arquivo em JPG e nem ponha seu currículo diretamente no corpo do e-mail, pois, caso seu currículo seja impresso, provavelmente, ele fique em desvantagem estética em relação ao currículo dos concorrentes.

Comentário 4:
O envio de currículo no formato PDF é interessante, pois mostra que você, provavelmente, sabe das qualidades deste formato (isto é positivo), mas mande também uma cópia do arquivo em formato de arquivo do WORD. Isto demonstrará que você, além de conhecer as potencialidades do arquivo no formato PDF, é cauteloso e atencioso, pois possibilita que o recrutador abra o arquivo digital no formato de arquivo que ele puder ou desejar.

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Ta cansando? Relaxa! Tome um refresco, um copo de água, eu espero! Continuamos logo mais no próximo post.
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Como elaborar um currículo - parte 3

Vamos continuar?
Bora então!


Dica 1- Faça seu currículo com um layout agradável e prefira fazê-lo em uma ou duas páginas no máximo.

Comentário:
Currículos extensos demais e/ou com visual desagradável são cansativos e potencialmente não são lidos pelo recrutador. Seja sintético e objetivo na elaboração de seu currículo, mas jamais esqueça de colocar aquilo que é indispensável. É bom salientar que um currículo de layout agradável despertará mais interesse na apreciação, por isso, antes de sair enviando ou distribuindo seu currículo por aí, dedique um tempinho a mais fazendo um currículo “bonitão”, pois ele é o cartão de visita de qualquer candidato à uma vaga de emprego.

Dica 2 – Coloque sua linda foto no currículo.

- Primeira motivo: Colocar a foto no currículo mostra que você, provavelmente, sabe scanear sua linda fotografia e como dispô-la no WORD.
- Segundo motivo: A foto irá ajudar o recrutador na distinção dos candidatos.

Comentário:
Tem muita gente que não entende o por quê da solicitação da foto no currículo, mas quem recruta sabe o quanto ela é útil no processo seletivo. A foto, salvo exceções, não é para saber se o candidato é bonito ou feio, mas serve para o recrutador lembrar de você depois de algum tempo. Nas entrevistas de emprego, a foto ajudará o recrutador a lembrar do comportamento do candidato e o que ele disse na entrevista, auxiliando na distinção dos candidatos. Após alguns dias, semanas ou meses, ela será indispensável para o recrutador lembrar do candidato.

ATENÇÃO!
1-Você pode colocar uma foto sorridente. Não precisa ser muito formal (isso depende da vaga em questão, ok?) mas jamais coloque uma foto de festa ou de ocasião ou pose inadequada, pois isso só vai mostrar que você é um (a) sem noção. Provavelmente, salvo exceções, ninguém gostará de contar com um(a) candidato(a) sem noção na empresa (pausa para risos ..kkkkkkk!!!).
2- Coloque a foto diretamente no arquivo do WORD e esqueça de, simplesmente, anexar a foto ao e-mail, pois o recrutador, ao imprimir o seu currículo, não irá gostar de trabalhar por você para poder ter a foto diretamente no currículo.

Dica 3- Não cometa erros de português grosseiros e mostre organização.

Comentário 1 :
O currículo mostra muito do candidato, por isso é bom acertar no português. Que nossa língua é complicada, todo mundo sabe, mas cometer erros grosseiros de português no currículo podem ser imperdoáveis e,até mesmo, definir a eliminação do seu currículo do processo seletivo. Não esqueça de organizar as informações no currículo de maneira lógica . Primeiro seu nome, depois o restante das informações. Dê também destaque aos títulos das informações do seu currículo (use negrito, sublinhado, cores, etc).

Dica 4 - Não coloque informações desnecessárias no currículo.

Comentário 1:
Evite mencionar informações no seu currículo que não tenham nada a ver com a vaga de emprego que está sendo ofertada, pois elas serão inúteis para o recrutador e tomarão espaço precioso em seu currículo. Se a vaga oferecida é para auxiliar de contabilidade pouco adiantará você colocar no currículo que fez um curso de dança de salão ou que foi monitor em uma academia de ginástica. Eu só aconselho esse tipo de informação (que não tem nada a ver com a vaga oferecida) quando se está entrando no mercado de trabalho, pois indicará que você já fez alguma coisa na vida e que tem vontade de trabalhar. Fora isso, esqueça!

Comentário 2:
Se você mencionar o conhecimento em algo ou algum tipo de curso, seja qual tipo for, sempre mencione o que for mais atual e o que for mais avançado. Esqueça de dizer que fez o curso básico se você já fez o avançado. Nesse caso só mencione o curso avançado. O primeiro (o básico) se torna completamente desnecessário e parece que você quer “encher lingüiça” (pausa para risos... kkkkkkk!!!!!).

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Vai um cafezinho ai? Um suco? Vamos lá, relaxa ! Faça uma pausa! Te espero no próximo post!
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Como elaborar um currículo - parte 4

E ai? Continuamos?
Bora então!


Dica 5 – Cuidado com frases ou expressões “manjadas”.

Comentário:
Evite dizer ou mencionar aquilo que não sabe da empresa. Evite, por exemplo, o uso da frase "nesta conceituada empresa" quando o nome da empresa não tiver sido mencionado na oferta de emprego. Lembro que o uso desta frase representa, além da demonstração de respeito pela empresa, uma forma de elogio, portanto, elogiar aquilo que não se conhece soará como algo muito superficial, uma inverdade, algo insincero. Outro motivo para não usar a frase na situação referida é de que o recrutador poderá pensar que o candidato se apropria de frases prontas e as utiliza sem pensar ou sem o devido cuidado.

Dica 6 – Mencione seus conhecimentos.

Comentário:
Se você possui conhecimentos em algo, que diga respeito à vaga oferecida, mencione sempre, mesmo que não tenha feito cursos para adquiri-los. Isto é muito importante, pois, algumas vezes, é melhor indicar seu conhecimento do que indicar um curso de algo que, potencialmente, já tenha esquecido. Isto é válido, principalmente, para softwares de informática.

Dica 7 - Carta de apresentação.

Comentário:
Vai fazer? Então seja sintético, objetivo e educado. Faça uma carta de no máximo 10 linhas e utilize um espaçamento de parágrafo agradável para a leitura. Lembre-se que a carta é de apresentação por isso coloque-a na frente de seu currículo. Jamais coloque a carta de apresentação e currículo na mesma página. Faça a carta em uma página e o currículo em outra. Ahhhh!! e seja criativo, original. Use sempre suas próprias palavras e se for utilizar cartas de apresentação da Internet, use-as tão somente como fonte de inspiração.

Dica 8 – Mande currículos individualmente para cada empresa.

Comentário 1:
Enviar currículos para várias empresas ao mesmo tempo não é nada legal. É uma prática comum, mas pode atrapalhar o candidato e definir sua exclusão do processo seletivo. Não raro, percebe-se erros, por exemplo, no campo OBJETIVO onde candidatos postulam o interesse a uma vaga diferente daquela ofertada. É um tipo de erro que poderia ser facilmente evitado caso houvesse a individualização dos e-mais. Eu aconselho o candidato a dedicar um tempinho maior para o envio de e-mails individualmente, retirando ou incluindo informações nos currículos, de modo a aumentar as chances de ser selecionado para uma entrevista.

Dica 9- Mencione seu endereço completo .

Comentário:
Indique o nome da rua, bairro e cidade onde você mora. Nunca coloque somente a rua, pois isso não define necessariamente a cidade onde você mora. Saliento que o endereço é importantíssimo na avaliação do recrutador. Com base nele, o recrutador saberá de sua necessidade ou não de vale transporte, vale refeição, tempo para deslocamento até o emprego, etc

Dica 10 – Cuidado com a expressão “salário a combinar”.

Comentário:
Esqueça da expressão “salário a combinar” se o salário já foi mencionado na oferta de trabalho que você está se candidatando. É pouco provável que o candidato seja chamado para uma entrevista, pois “parece” que o mesmo não está de acordo com o salário oferecido pela empresa. De que adiantará selecionar um candidato para uma entrevista se o mesmo deseja receber um salário diferente daquele que o recrutador pode ou deseja pagar?

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Ufa! Muita coisa né! Quer dar uma pausa para ir ao banheiro? Vai lá, eu espero!
Continuamos no próximo Post.
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terça-feira, 21 de abril de 2009

Como elaborar um currículo - parte 5

E aí? Tudo certinho? Lavou as mãos? Beleza, então vamos continuar!


Dica 11 – Cuidado com frase do tipo “preciso muito do emprego”.

Comentário:
Acho negativo apelar para frase do tipo “me escolha porque preciso muito do emprego”, pois, com a crise de emprego dos dias atuais, este tipo de mensagem não o diferencia em relação aos demais candidatos à uma vaga e apenas demonstra, com mais ênfase, seu desespero. É bom lembrar que o recrutador não decide baseado na emoção e , se assim o fosse, muito recrutador contrataria mais candidatos do que as empresas realmente necessitam. Para o recrutador, todos que lhe enviam currículos desejam e precisam da vaga a qual estão se candidatando, exatamente como você.

Dica 12 – Para quem está entrando no mercado do trabalho.

Comentário:
Se você está entrando no mercado de trabalho e não possui experiência alguma eu aconselho a demonstrar de alguma maneira sua força de vontade, disposição e suas habilidades ou conhecimentos. Por exemplo: suponha que existe uma vaga num escritório de cobrança. Se você não possui experiência alguma mas é firme em cálculos e possui raciocínio rápido, mencione. Além disso, indique seu desejo de ser oportunizado com a vaga oferecida. Este procedimento não implica na seleção de seu currículo, mas ao fazê-lo, você aumentará consideravelmente as chances disto acontecer. Saliento que, se você não demonstrar nenhum atributo que o qualifique para a vaga oferecida, certamente perderá a concorrência para candidatos que possuem experiência.

Dica 13 – Para candidatos com qualificação superior a desejada para a vaga oferecida.

Comentário:
Nos dias atuais é muito comum candidatos que possuem formação superior (3º grau) se candidatando a vagas de nível médio. É um sintoma da crise de emprego, infelizmente. Destaco que um candidato que tenha formação de nível médio provavelmente leva vantagem em relação a quem tem formação superior. Isto acontece porque as empresas consideram ser provável que, em pouco tempo, o profissional com formação superior, fique descontente com o emprego e logo estará procurando outra oportunidade.
Se o candidato com formação superior não quiser levar desvantagem na concorrência a uma vaga que requer apenas formação de nível médio, então é melhor justificar o motivo da pretensão à vaga. É perfeitamente compreensível, por exemplo, um candidato que tenha feito uma faculdade e que, depois de um tempo, não tenha vontade de trabalhar na área que tenha tido formação. Se esta for sua realidade, então indique-a para o recrutador, caso contrário, seu currículo corre sérios riscos de ser eliminado do processo seletivo.

Dica 14 – Indique mês e ano de suas experiências profissionais.

Comentário:
As empresas, de um modo geral, costumam analisar o tempo que o candidato permanece em seus empregos, por isso é desejável a indicação de mês e ano das experiências profissionais que o candidato teve. Esqueça de colocar somente o ano que trabalhou em determinado lugar, pois ele não demonstra efetivamente o tempo que permaneceu no emprego e pode ser interpretado pelo recrutador como uma tentativa de omissão da informação. Saliento que o tempo de permanência maior nos empregos não define, necessariamente, a contratação de um candidato, mas tempos de permanência pequenos definem, normalmente, a exclusão do candidato do processo seletivo da maioria das empresas.

Dica 15 e última - Cuidado com a disposição para outras vagas.

Comentário:
Evite mencionar no currículo a sua disposição para concorrer a diversas vagas. Evite, por exemplo, mencionar que você se candidata a vaga de caixa, vendedora, secretária e recepcionista no mesmo currículo. É preferível que não mencione tal disposição, pois acredito que você só tem a perder se o fizer. Além disso, é muito provável que, se a empresa necessitar de um funcionário para outra atividade, diferente daquela da vaga ofertada, ela automaticamente selecionará seu currículo, caso você reúna as características desejadas ou necessárias para o exercício desta outra atividade.

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E AÍ? APROVEITOU? ENTÃO CAPRICHA NA ELABORAÇÃO DO SEU CURRÍCULO E ME MANDA NOTÍCIA SE CONQUISTAR ÀQUELA VAGA TÃO SONHADA, POIS QUERO DIVIDIR COM VOCÊ ESTA ALEGRIA! FICA COM DEUS E BOA SORTE!*****

NO PRÓXIMO POST COLOCAREI UM EXEMPLO DE CURRÍCULO PARA VOCÊ SE ORIENTAR !

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Modelo de currículo

Estou postando um modelo de currículo para servir de inspiração aos queridos candidatos à uma vaga de emprego. Espero ajudá-los!!
Abraços.

Para visualizar a imagem em tamanho maior, clique sobre a mesma!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Solidariedade ou indiferença? (Relato da perseguição a um bandido!)

Hoje após pegar minha filhota na creche, lá por volta das 19 horas, avistei uma moça sendo assaltada por um indivíduo numa rua de Porto Alegre. Nesse horário já está ficando escuro, pois já é outono. A rua não é desabitada, é uma rua normal, com relativo movimento. Ao avistar o acontecimento persegui o indivíduo por alguns metros de carro gritando pela janela na esperança que alguém o pegasse. Um outro sujeito a pé fazia o mesmo . Mas ninguém o parou.

Eu estava perseguindo o bandido, logo atrás dele e , em um dado momento, tive a impressão de ter visto pelo canto do olho um objeto arremessado pelo lado direito do carro. Concentrado na perseguição ao bandido, resolvi prosseguir. Logo adiante o bandido sai da rua que eu o perseguia e toma uma travessa de acesso exclusivo de pedestres. O local é muito próximo à minha residência e, como conheço bem os arredores, supus qual o caminho que o bandido iria fazer.

Passo defronte a minha residência e quase nem a percebo tamanha a vontade de capturar o bandido. Vou até o final da rua e dobro na primeira esquina supondo encontrar o bandido logo adiante. E foi exatemente isso que aconteceu. O bandido cruzou a frente do meu carro . Nesse instante, sinceramente, me bateu uma vontade de atropelá-lo pois sou um cidadão indignado contra a bandidagem. Por sorte não o fiz. Se o fizesse, teria certamente um bom incômodo com os Direitos Humanos caso o bandido viesse a morrer. Provavelmente eu enfrentaria um processo penal.

Deixei o bandido atravessar a rua na minha frente, mas não desisti de pegá-lo. Me dirigi a um posto da Brigada Militar que fica a três quadras da rua onde o bandido havia tomado. Encostei meu carro rapidamente ao lado do posto e, sem perder tempo, relatei por uma pequena janela o ocorrido ao primeiro policial que avistei. Pedi a ele que alguém fosse atrás do bandido e informei a rua que o bandido havia tomado.

O policial disse-me que eles já haviam sido informados do acontecimento e que já estavam indo. Ele disse isso com uma calma exagerada. Diante da minha agitação e da vontade de ver o bandido preso, achei a atitude estranha. Fiquei desconfiado supondo que ninguém iria atrás do bandido.

Dei uma volta na quadra em torno do posto policial para conferir a atitude dos policiais militares . Percebi que dois deles entraram em uma viatura mas eles estavam muito calmos e a viatura demorou alguns instantes para sair do local. Resolvi encostar ao lado da viatura e indaguei se os policiais iriam atrás do bandido. Me informaram que estavam indo. Eu tomei a frente e os policiais me seguiram. Mais adiante então informei as características do bandido e indiquei a rua que o mesmo havia tomado. Em seguida fui embora para casa. Antes de entrar em minha residência resolvi ir de carro até a esquina da minha rua - onde a moça havia sido assaltada - para conferir se a mesma estava por ali . Como não vi sinal algum da moça, fui para casa.

Ao estacionar o carro em minha casa fui dar uma conferida se não havia a marca de algum arranhão ou sinal de impacto no capô do carro. Infelizmente a marca estava lá. É óbvio que um objeto realmente pegou no carro. Como não vi ninguém jogá-lo, achei esquisito - se bem que minha atenção estava totalmente voltada para o lado esquerdo da rua e, o objeto fora lançado, provavelmente, pelo lado direito da rua por alguém que eu nem percebi.

Resolvi dar uma conferida na rua para confirmar o lançamento do objeto e o mesmo realmente estava lá. Era um objeto de porcelana exatamente na cor que eu tinha percebido. Conclui que talvez houvesse alguém , pelo lado direito da rua, dando cobertura para o bandido sem que eu tivesse percebido.

Voltei para casa e resolvi ligar para o posto da Brigada Militar para conferir se os policiais militares haviam pego o bandido. Até aquele momento - uns 15 minutos depois do roubo - a resposta foi negativa. Fiquei muito irritado pois adoraria ver o bandido preso.
Pouco tempo depois do ocorrido, um pouco mais calmo, comecei a refletir sobre o fato. Pensei na hipótese de ter pego o bandido e a moça não registrar ocorrência pois a mesma não estava no local onde fora assaltada. Se isso ocorresse teria sido tudo em vão. E sobraria, para mim, não só um prejuízo material mas uma grande decepção.

Este episódio realmente mexeu comigo. Mesmo que meu caráter seja exatamente este - de se indignar, de tomar atitude - eu , em outra situação semelhante, não sei se faria tudo novamente. Creio que sim, mas sinceramente não sei. A incerteza da atitude a tomar decorre da ciência de que a bandidagem - de pequenos delitos - fica presa somente algumas poucas horas. E logo mais estará à solta novamente em busca de novas vítimas e, arriscar-se, diante desta triste consciência, parece ser uma tolice. Infelizmente a morosidade da justiça, as leis, tudo é favorável a bandidagem e colocam em xeque até mesmo o nosso sentido de solidariedade. Sei que algo precisa ser feito. Numa próxima oportunidade irei expor algumas idéias a respeito!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Crimes no trânsito – isto tem que acabar!

De vez em quando sou tomado de indignação diante de notícias de motoristas que matam e fogem do local do acidente sem prestar socorro às vítimas do trânsito. A triste notícia, neste feriadão de páscoa, foi a morte de três irmãos atropelados em Bento Gonçalves. O motorista que atropelou fugiu sem prestar socorro às vítimas.

Para quem teve um ente querido morto nesta circunstância é fácil imaginar o tamanho da dor dos pais destes jovens. Perdi meu pai em igual circunstância e, desde então, vivo pensando numa forma, de combater ativamente este tipo de crime. É preciso dar um basta!

O novo Código de Trânsito Brasileiro aprovado em 1997 evoluiu no sentido de tentar coibir os crimes de trânsito impondo a quem os comete penas mais severas. O artigo 305 do CTB trata da questão da fuga de condutor de veículo do local do acidente. Neste artigo o CTB estabelece uma pena de seis meses a um ano ou o pagamento de multa ao condutor de veículo que afasta-se do local do acidente para fugir de suas responsabilidades cíveis ou penais que possam a ele ser atribuídas.

Esta pena é obviamente branda diante de tamanha dor que tal crime provoca na família das vítimas de trânsito. A fuga do local do acidente de um condutor de veículo gera na família da vítima uma ferida que parece nunca cicatrizar, pois a dor da perda é agravada pela dor da revolta. Isso ocorre porque a imagem que se formula do motorista infrator é de alguém que não tem nenhum respeito nem amor ao próximo. De alguém que despreza por completo a vida alheia. De alguém que, se não for punido, poderá vitimar outros inocentes em igual ou diferente circunstância.

A possibilidade de pagamento de multa deveria ser retirada do CTB em relação a este crime pois, para mim, configura-se num simples abrandamento da punição. Um desvalor ao horroroso ato praticado. Como se houvesse algum motivo para atenuar a punição de tamanha monstruosidade e desumanidade. É um item que serve apenas de incentivo aos “bandidos do trânsito”.
A ampliação da pena, a exclusão da possibilidade da multa e a prisão imediata para motorista que foge sem o direito a responder processo em liberdade seriam medidas que contribuiriam para atenuar este tipo de crime. O estabelecimento de um prazo máximo para o julgamento de crimes de trânsito (em até 3 meses?) seria medida ainda mais eficaz porque o que mais incentiva os crimes de trânsito, assim como todos os outros tipos de crime, é a certeza da impunidade diante da morosidade da justiça e das inúmeras brechas jurídicas.

Sei que o prazo de três meses diante de tantas brechas jurídicas parece algo inexequível. Mas é em busca deste algo “inexequível” que se pode mudar alguma coisa. Não é aceitando o sistema como ele é que vamos mudar pra valer esta situação.

sábado, 11 de abril de 2009

Sarney tem mais mandatos que Ruy Barbosa

Eu já havia postado que acho benéfica a limitação de prazo para o exercício de atividade política em cargos eletivos por voto popular. Retomando o assunto, neste post, apenas reproduzo a reportagem da Agência Senado que ilustra o tempo de atividade política de José Sarney. Não vou entrar no mérito se o Sarney faz bem ou mal à política brasileira. Eu tenho minhas conclusões. Você tem as suas. Leia a matéria e no final, se puder, opine!


Maranhense e, há 18 anos, representante do Amapá no Senado, o senador José Sarney é o brasileiro que mais exerceu mandatos eletivos no período republicano. Ruy Barbosa teve 33 anos de mandatos. Sarney se elege há 50 anos: em 1959, chegou à Câmara para seu primeiro mandato como deputado eleito.
Desde 1971, Sarney ganhou cinco eleições para o Senado, as três últimas como representante do Amapá, para onde transferiu seu domicilio eleitoral depois que deixou a presidência da República.
Na condição de chefe do Executivo, depois da morte de Tancredo Neves, em 1985, coube a Sarney, reconhecido por sua capacidade de aglutinação política, conduzir o país de volta à democracia, depois de 20 anos de regime militar. Naquele mesmo ano, convocou a Assembléia Nacional Constituinte.
Nascido em Pinheiro (MA), com o nome de José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, adotou legalmente em 1965 o nome de José Sarney, que já usava para fins eleitorais por ser conhecido no Maranhão como "Zé do Sarney", numa alusão a "José, filho do Sarney".
Na juventude, ao lado de Bandeira Tribuzzi, José Bento, Ferreira Gullar e outros, fez parte do movimento literário difundido pela revista A Ilha, que lançou o pós-modernismo naquele estado. Entre 1966 e 1971, ele governou o Maranhão. Integrou a UDN, foi líder do governo Jânio Quadros na Câmara, presidiu a Arena e o PDS e hoje integra o PMDB.
Político desde 1955, ano em que foi eleito suplente de deputado, ele só tornou-se titular de um mandato eletivo nas eleições de 1958. Formado em Direito, é jornalista, pintor, poeta e ficcionista, integrante da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa.
É assumidamente também um supersticioso e hipocondríaco. Foge da cor marrom e costuma sair pela mesma porta por onde entrou, com medo de perder-se do seu anjo da guarda. Sobre o medo de doença, costuma brincar, dizendo: "não sou hipocondríaco. Eu sou é doente mesmo".
Como senador, é autor de 48 projetos de lei, entre eles um que concede às pessoas carentes anistia nas taxas de ocupação devidas, nos últimos cinco anos, pelo uso de imóveis da União em terrenos de marinha; e um dando ao Tribunal de Contas da União competência para julgar as contas de qualquer pessoa física ou jurídica que administre dinheiros, bens e valores públicos.
Paralelamente à sua carreira política, Sarney é autor de contos, crônicas, ensaios e de três romances: O dono do mar, Saraminda e A duquesa vale uma missa, todos com forte conteúdo erótico. É também colunista do jornal Folha de S.Paulo.
Teresa Cardoso / Agência Senado

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tempo máximo para ocupação de cargo político eletivo - uma questão de necessidade?

Há algum tempo venho pensando sobre a necessidade de se criar algum tipo de mecanismo ou lei que impeça ou que, pelo menos, desestimule que políticos eleitos pelo voto popular percebam a política como uma maneira pura e simples de ganhar dinheiro . Nesse sentido acho que uma das questões que mereceriam uma atenção especial é a limitação do tempo de permanência dos políticos brasileiros em cargos eletivos.

Este controle de tempo já ocorre nos cargos executivos -prefeito, governador, presidência- mas entendo que deva ser aperfeiçoado. Num primeiro momento, acho que o controle de tempo (mandatos) deveria ser estendido aos cargos do legislativo . Depois, acho pertinente a definição de um prazo máximo para o exercício de atividade política remunerada nos cargos eletivos por voto popular (20 anos? 30 anos? 40 anos?).

Entendendo esta medida como benéfica à população brasileira, por curiosidade, resolvi dar uma pesquisada sobre a vida política de dois dos personagens mais antigos da história da política brasileira (Pedro Simom e José Sarney). Não vou analisar aqui se os dois são bons ou maus políticos mas acho, com todo o respeito a ambos, que os cerca de 50 anos de atividade política remunerada, por cada um, algo extremamente exagerado.

Eu fico imaginando o tipo e a qualidade da contribuição que um político possa dar aos brasileiros e à política brasileira após tanto tempo.

Me parece provável que, no início, o desempenho político (qualidade e força de contribuição) , dependendo do real interesse de cada político, seja ascendente e atinge um ápice após alguns anos. Após um determinado prazo, o desempenho, provavelmente, seja descendente, devido, principalmente, à desilusão ou ao comodismo. Qualquer que seja o profissional que fique por tanto tempo numa mesma profissão, após muitos anos, tem uma tendência, de um modo geral, a se acomodar e o desejo de fazer o seu melhor costuma diminuir.

Com os políticos isto certamente não é diferente e a desilusão por não ver as coisas acontecerem é facilmente imaginável . A força com que os políticos defendem as suas idéias -ideais - certamente não será a mesma ao longo dos anos. Com o tempo acho que a desilusão é tamanha que o principal interesse dos políticos passa a ser a pura e simples manutenção do seu "ganha pão". O interesse próprio passa a falar mais alto e o interesse coletivo -que diz respeito a população brasileira - potencialmente fica prejudicado.

Enfim, acho que a questão é interessante, polêmica, de interpretações compreensivelmente variadas, mas certamente merecedora de reflexão.

Curiosidades:
1- Pedro Simom (senador/RS)
Eleito vereador em 1958; deputado estadual em 1962, 1966,1970,1974 ; senador em 1978, governador em 1986; senador em 1990,1998,2006. Seu mandato expira em 2014.

2- José Sarney (senador/AP)
Eleito deputado federal em 1955.
Governador do Maranhão entre 1966 e 1971
Senador pelo Maranhão entre 1971 a 1985 .
Presidente de República entre 1985 a 1990 .
Foi eleito senador em 1990,1998,2006. Está no 5º mandato. Seu mandato expira em 2014.
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